Andamento do projeto “Política: Eu me importo e participo” em Parintins (AM) |
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O projeto de formação “Política: eu me importo e participo!”, em desenvolvimento pelo Centro de Estudos Superiores de Parintins (AM), campus da Universidade do Estado do Amazonas, em parceria com o Movimento Político pela Unidade, Diocese de Parintins e o Tribunal Regional Eleitoral - 4ª Zona, tem se apresentado como uma possibilidade de reflexão e ação no mundo da política.
A realização do seminário “A fraternidade como categoria política”, em outubro de 2015, lançou a proposta de aprofundarmos o conhecimento político voltado para o bem comum. A iniciativa foi um marco na sociedade de Parintins, visto a divulgação e propagação dessas novas ideias num campo minado por descrenças e pouca visão de um futuro melhor. Ao retomar o projeto em 2016 após o recesso das férias, ficou definido como objetivo analisar as teorias e práxis da política em âmbito nacional, enfatizando o contexto regional e parintinense sob os diversos olhares: sociológico, econômico, histórico, pedagógico, filosófico, entre outros. Realinhados nesta perspectiva, os objetivos específicos são: a) Discutir as ideologias partidárias na execução (ou não) das políticas públicas; b) Provocar os acadêmicos a posicionarem-se criticamente sobre as ações políticas nas três esferas de governo; c) Compreender as diversas dimensões da legislação eleitoral e sua aplicabilidade para o fortalecimento da democracia d) Criar um Observatório da Política em Parintins que favoreça as discussões permanentes acerca da política no cotidiano da comunidade, estimulando ações de cidadania e acompanhamento das políticas públicas no município. O grupo de professores, oriundos de diversas áreas de conhecimento, que coordena as atividades faz continuamente os encontros para avaliação dos trabalhos realizados e organizar as novas ações que vão surgindo no decorrer do processo. Os encontros com os estudantes são realizados aos sábados e o primeiro iniciou com uma reflexão para diagnóstico dos participantes e para descobrir suas expectativas e perspectivas. Algumas frases revelaram o desafio do Projeto: “Estou curioso para entender essa política da unidade porque é muito complicado”. “Quero compreender um pouco mais sobre a política porque não vale apenas votar em quem rouba menos”. “Necessito conhecer a política para além da mídia para eu ter um posicionamento”. “Hoje estamos votando não nas pessoas e/ou propostas, mas nas músicas dos candidatos”. “Nós somos os piores políticos porque não sabemos o que é política. Precisamos nos educar politicamente”. “Eu assumo. Nunca me interessou muito a política, mas é o que define o futuro e o presente”. “Não temos mais referência na esfera política”. Durante os encontros são utilizados pequenos vídeos para provocar os debates e os organizadores têm buscado formas alternativas para possibilitar melhor integração entre os participantes. Um exemplo foi um “quebra-cabeça do analfabeto político”, do dramaturgo, poeta e encenador alemão Bertold Brecht, que exigiu a participação de todos na montagem e depois na exploração do tema. O próximo trabalho será desenvolvido em equipes e a proposta é pesquisar na internet sobre os partidos políticos, buscando o histórico, a ideologia, suas finalidades e os projetos que defendem. A ideia não é classificar os partidos, mas conhecê-los melhor. Surgiu recentemente a possibilidade de o grupo um programa de rádio aos sábados à tarde. “Estamos em discussão, considerando também que neste primeiro semestre nosso planejamento é para esclarecer as pessoas de casa em casa sobre a importância de votar bem, de não venderem seus votos”, contam os organizadores do Projeto. |